Hoje de manha,
quando tentei entrar em casa não consegui passar pela porta. Toda a casa
mirrou.
Tentei olhar pela janela, mas a
janela era tão pequenina que não se conseguia espreitar. Depois olhei para a
minha volta e reparei que as outras casas todas tinham mirrado
Ao fim um bocado chega a minha mãe e
eu disse:
- O que te aconteceu, mãe, estás tão
pequenina, pareces uma formiga!
- E, tu, já olhaste para ti? Pareces
um arranha-céus!
Disse a minha mãe muito admirada!
Eu tentei por um pé por dentro da
janela, mas não consegui.
Mais tarde chegou o meu pai, e
reparei que ele também estava pequeno. Até que comecei a pensar, a pensar, …
até que cheguei a uma conclusão, se o meu pai, a minha mãe e as outras casas
estão pequenas, sou eu que estou grande. Devo de ter comido qualquer coisa que
me fez mal. Agora como é que eu como, que eu durmo, e como vou a casa de banho?
A minha mãe trouxe a minha cama, mas
quando me pus lá em cima a cama partiu-se ao meio. Depois o meu pai trouxe
comida, mas o prato era tão pequeno que comi-o e ainda fiquei com fome. Depois
tive vontade de ir á casa de banho, é claro que o meu pai não trouxe a sanita
atrás.
- E agora!- pensei eu aflita para ir
a casa de banho
É melhor eu não entrar em mais
nenhum pormenor antes que quem esteja a ler este texto fique mal disposto. Mais
à frente, apetecia-me ler mas não dava, as letras eram tão pequeninas que só
via pontinhos.
No dia seguinte o meu pai trouxe um
sumo, os médicos tinham dito que aquilo fazia diminuir. Eu bebi, bebi, bebi… e
a medida que eu ia bebendo o sumo, diminui-a. Até que voltei ao normal.
Nunca pensei que isto me acontecesse,
mas não faz mal, afinal podia ter acontecido a qualquer um.